25.10.08

Flama de 1970

A revista Flama de 21 de Agosto de 1970, trazia fotos de reportagem sobre o "matador", José Falcão, a corrida de automóveis de Le Mans, vista por Steve McQueen e uma vista da casa de Igrejas Caeiro, em Alto do Lagoal, projectada pelo arquitecto Keil do Amaral. A vista da casa e o ambiente circundante, até ao Tejo, é de verdadeiro sonho de um Portugal que já não temos.








Para além dessas reportagens, umas fotos no interior, mostravam um carro Mini Cooper S, de um futebolista da Académica, esperança maior do futebol português de então: Nene, que se esbarrou (era assim que então se dizia), com o carro e morreu, aos 21 anos incompletos. Nene era "estudante-atleta", como também se dizia e na notícia se faz referência.



Na página seguinte da revista, uma foto de Gabriel Cardoso, artista português que não precisava de palavras de apresentação, a não ser nas fotos das revistas da época.


8.8.08

O Primeiro de Janeiro

O Primeiro de Janeiro foi notícia, há uns dias, por causa do seu encerramento, enquanto jornal diário, com uma determinada redacção.

A história deste jornal, traz-me à memória os tempos mais remotos da minha infância, antes da escola primária, quando, ao Domingo, um "jornalista" atirava o jornal, porta fora, do combóio que vinha do Porto, e passava junto da casa onde então vivíamos.
A corrida para apanhar o jornal, era em despique com o meu irmão mais novo.

Foi nesses números avulsos, no início dos anos sessenta, que aprendi a gostar das ilustrações, já a cores, com o Coração de Julieta, o Reizinho e ainda, principalmente, O Príncipe Valente, em desenhos de Hal Foster.

Aqui ficam algumas imagens de um desses jornais, já da década seguinte, mas ainda exemplar desse suplemento dominical.






14.7.08

Os discos do Vítor Coutinho

Em Viana do Castelo, no início dos anos setenta, Vítor Coutinho, meu amigo dos tempos do Colégio do Minho e do Liceu Nacional de V.C., já tinha um acervo de discos, bem substancial.
Lembro-me de por uma vez ou outra, no intervalo de aulas que tínhamos na mesma turma, frequentarmos o seu sótão particular, na casa dos avós, em pleno centro histórico da cidade, onde ele já guardava os seus discos arrumadinhos em estantes.
Novidade saída na discoteca local, era novidade guardada e reservada para o Vítor, pelos então empregados da discoteca, depois propriedade daqueles.
Foi assim que tive ocasião de mirar Pin Ups ( o disco de Bowie e não outras coisas...), debaixo do braço do Vítor. Foi assim que ouvimos novidades da época que já nem recordo.

LP´s, singles e ep´s, alinhavam-se, segundo ordem alfabética e cronológica, com exemplares notáveis de alguns discos saídos nessa altura, rica em novidades musicais que perduram ainda como marcos na música popular de expressão anglo-saxónica.

O Vítor, como o chamamos, foi sempre o protótipo do "tipo porreiro", amigo dos seus amigos, afável e simpático no trato, sportinguista dos quatro costados e adepto ferrenho da música dos Beatles.

Há uns anos atrás, em 1995, perguntei-lhe por dois discos que julgava que o Vítor não tinha na sua discoteca. Um de Roy Harper, de 1977, então esgotado e só reeditado em cd, anos mais tarde. Bullinamingvase, era para mim, então, um disco mítico que tinha deixado de ouvir deste esse longínquo 1977. Outro, era um disco de Ian Mathews, de 1974, Somedays you eat the beer and somedays the beer eats you.
O Vítor, tinha e gravou-mos numa cassete.
Anos antes, em 1976, pedi-lhe para me gravar Physical Grafitti, dos Led Zeppelin, saído no ano anterior. Como a cassete, tinha ainda espaço em branco, gravou-me o Light my fire dos Doors.

O Diário de Notícias de Sábado descobriu-o na sua casa, em Carreço, Viana do Castelo, onde guarda as preciosidades musicais em vinilo e agora em cd. A reportagem, concede-lhe a qualidade de grande coleccionador nacional de discos. E de grande coleccionador de discos dos Beatles, em particular.
O amigo Ié-Ié, poderá dizer melhor e por isso fica a reportagem do DN. Assim.